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Oposição quer dificultar, mas acredita na aprovação de Mendonça para STF

Antes mesmo de ter o nome anunciado oficialmente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado-geral da União, André Mendonça, já se movimentava pela aprovação de seu nome no Senado. Há pelo menos duas semanas, Mendonça tem desfilado pelos gabinetes para conversar com senadores - governistas e da oposição.
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) tem sido o principal cabo eleitoral de Mendonça. Há 15 dias, o parlamentar promoveu no gabinete dele um almoço da bancada do PL em homenagem ao advogado-geral. Na semana ada, aumentou o leque de convidados e compareceram integrantes de outros partidos.
No evento da semana ada, a rotatividade foi alta. Muitos entraram, cumprimentaram o advogado-geral e saíram. Uma delas foi a senadora Simone Tebet (MDB-MS), crítica ferrenha de Bolsonaro na I da Covid. Aos presentes, ela disse que votaria pela aprovação de Mendonça. Outros opositores do governo garantiram à coluna que farão o mesmo.
Além de Wellington Fagundes, estavam no almoço os senadores Jorginho Mello (PL-SC), Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Carlos Portinho (PL-RJ), Plínio Valério (PSDB-AM), Daniella Ribeiro (PP-PB) e Zequinha Marinho (PSC-PA). Todos ficaram impressionados com a segurança e o preparo jurídico de Mendonça. Consideraram que o quesito religioso é secundário - e que Mendonça acabará aprovado para o cargo.
Depois de ter o nome anunciado por Bolsonaro, Mendonça será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Em seguida, será alvo de votação na comissão e, depois, no plenário do Senado. Preocupado com eventual rejeição à sua nomeação, Mendonça tem feito romaria pelos gabinetes.
"Nas conversas que tenho tido aqui com os senadores, sinto que a resistência ao nome do André Mendonça é muito menor do que a resistência ao Kássio Nunes Marques (que tomou posse no STF no ano ado) e ao Augusto Aras (procurador-geral da República", disse um senador governista.
"A oposição vai marcar presença questionando a agem dele pelo Ministério da Justiça, mas ninguém é doido de colocar a questão religiosa como entrave à atuação na Suprema Corte. Eu acho que a tranquilamente. Não é torcida, é o clima que sinto aqui no Senado", completou.
Mendonça tem pavimentado calmamente sua via crucis no Senado. Ainda não procurou diretamente os senadores mais fervorosos contra sua ida ao STF. Deve deixar o relator da I da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), para o fim da fila. Embora tenha andado bastante pelo Senado ultimamente, ainda não foi apertar a mão do alagoano.
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