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Análise: Retorno de Lula redistribui as cartas no Brasil de Bolsonaro

18.fev.2021 - O ex-presidente Lula durante participação no UOL Entrevista - Reprodução/UOL
18.fev.2021 - O ex-presidente Lula durante participação no UOL Entrevista Imagem: Reprodução/UOL

09/03/2021 11h07

São Paulo, 9 Mar 2021 (AFP) - A anulação das sentenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abalou o Brasil e forçará a redistribuição das cartas em um país radicalizado pelo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (sem partido), que agora ganha um rival de peso nas eleições de 2022.

A decisão, anunciada ontem por um juiz do Supremo Tribunal, acrescenta uma nova variável à grave crise que o país atravessa, com mais de 266 mil mortes pela pandemia do coronavírus e o desemprego em seus níveis históricos mais elevados.

O ex-presidente de esquerda (2003-2010) não foi absolvido, pois o magistrado decidiu processá-lo novamente em outro tribunal, argumentando falhas processuais.

Mas a decisão permite seu retorno aos ringues e isso "vai polarizar as narrativas políticas", diz o analista Murillo de Aragão, da Arko Advice. "O Bolsonaro pode radicalizar o seu discurso e o Lula pode dizer que foi perseguido. As narrativas vão ganhar tons fortes", explica.

"A presença de Lula vai prejudicar claramente as chances eleitorais de um candidato de centro", destacou a consultoria Eurasia Group.

Lula, de 75 anos, participou de quase todas as eleições presidenciais desde a redemocratização em 1985, exceto em 2010 e 2014, quando apoiou Dilma Rousseff (PT), e em 2018, quando superava Bolsonaro nas pesquisas, mas foi impedido de participar pela condenação de corrupção iva e lavagem de dinheiro.

Bolsonaro venceu no segundo turno Fernando Haddad (PT), candidato indicado por Lula.

A disputa dividiu o país entre os partidários do Partido dos Trabalhadores de esquerda (que governou por 13 anos, com Lula e Dilma Rousseff) e seus detratores, que abraçaram a figura do ex-capitão do Exército apoiado por igrejas pentecostais ultraconservadoras e lobbies do agronegócio e segurança.

No domingo (7), uma pesquisa do Ipec revelou que Lula seria o único candidato com capital político superior a Bolsonaro. Embora o estudo não os tenha enfrentado em duelo direto, mostrou que o ex-presidente tem 50% de apoio popular, ante 38% do Bolsonaro.

Unir a esquerda, missão impossível?

Aragão argumenta que um dos desafios mais difíceis de Lula, se ele decidir se lançar na arena eleitoral, seria "unir a esquerda". "Atualmente essa união não está clara", diz ele.

O líder do PDT (centro-esquerda), Ciro Gomes, terceiro nas eleições de 2018 com 12% dos votos, recusou-se categoricamente a apoiar sua eventual candidatura.

"O Brasil precisa, diante de um problema grave que temos, construir um caminho do futuro. E francamente eu não vejo o caminho do futuro ser construído com a volta ao ado lulopetista envelhecido, desgastado, inconfiável, e pior: que faz a característica de fazer o outro lado se reunir também com base no ódio", afirmou nesta terça-feira.

"O Lula voltar com 75 anos de idade a... radicalizar a divisão da nação brasileira é um circo macabro no qual eu não quero participar", completou Gomes.

Já o líder do PSOL, Guilherme Boulos, considerou ontem que "o momento é muito sério para priorizar debates sobre o protagonismo". Mas "se a oposição chegar [a 2022] com quatro ou cinco candidatos, corre-se o risco de não ar ao segundo turno. Vou trabalhar pela unidade", acrescentou.

Bolsonaro reagiu com cautela incomum ao anúncio de que Lula, contra quem professa publicamente um ódio visceral, poderia se tornar a maior ameaça à sua reeleição em outubro de 2022.

"Acho que o povo brasileiro não vai querer um desses candidatos em 2022, muito menos sua possível reeleição", disse ele em Brasília. Questionado se tinha medo de enfrentar Lula, ele hesitou. "Gostaria de enfrentar qualquer pessoa com um sistema eleitoral que pudesse ser auditado.

Nesse caso, o voto impresso ao lado de uma urna eletrônica e não apenas o voto eletrônico", declarou, retomando sua crítica à atual urna eletrônica. Sem apresentar provas, Bolsonaro insiste que o sistema permitiu uma fraude nas eleições de 2018, quando ele conquistou a presidência.

Mas a decisão do juiz Edson Fachin tem outras implicações fora da reorganização dos jogadores no conselho político.

"Muita gente vai entender que o Supremo Tribunal Federal está favorecendo a impunidade e outros vão dizer que está reconhecendo a inocência de Lula, mas não se trata de uma coisa ou outra", diz Michael Mohallem, professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas.

Mohallem opina que a decisão de Fachin foi uma tentativa de salvar os resultados da Lava Jato. "Ele fez uma manobra para ganhar controle sobre o processo, e evitar que os processos fossem anulados na segunda turma por causa da suspeição do (ex-juiz) Sergio Moro".

A estratégia, alerta o professor Mohallem, pode desgastar o STF, instituição que "tem papel fundamental para conter o presidente Bolsonaro, que coloca em risco a democracia brasileira".